domingo, 2 de setembro de 2012

Cordelista patoense lança “O sequetro de Rafinha e o enterro da galinha”


O cordelista patoense Vicente Campos Filho escreveu o cordel “O sequestro de Rafinha e o velório da galinha”. Uma estória com “E” inspirada na história com “H” que se deu recentemente na cidade de Patos. Em versos, prosa e muito humor, o poeta relata o roubo e o velório da galinha Rafinha, fato este que foi destaque na imprensa local e nacional.
A galinha foi roubada na cidade de Patos no sertão da Paraíba. A dona do animal que o chamava carinhosamente de Rafinha, foi à TV fazer um apelo para que o ladrão o devolvesse, oferecendo uma recompensa de  100 reais e prometendo não denunciá-lo à polícia. Depois de alguns dias, o suspeito foi preso e relatou à polícia que havia trocado a galinha por duas pedras de crack. De acordo com o ladrão, Rafinha morreu de tristeza no cativeiro. No velório estiveram presentes mais de 2 mil pessoas e os vídeos postados na Internet sobre o assunto obtiveram mais de 117 mil acessos.
O autor do cordel faz questão de ressaltar que não busca tripudiar em cima da dor dos outros e sim mostrar o lado engraçado da história da galinha que foi velada como uma pessoa. “Eu sei que a galinha que chamou a atenção de tanta gente era criada como um animal de estimação. Mas, é inegável o lado hilário da história, quando a dona da galinha fala na TV que mantinha conversação com o animal”.  

Leia abaixo, alguns trexos do cordel:

(…) Imagine que Rafinha
Da família era o xodó
Pequinina se ouvia
Do seu fininho gogó
Só piu-piu e ela cresceu
A voz se fortaleceu
Até virar có-có-có.

(…) Quando eu tava doente
Deitava em minha redinha
Chamava ela pra perto:
“Venha pra cá, venha Rafinha
Ela de mim tinha dó
E vinha có, có-có, có-có
Có-có, có-có ela vinha”.

(…) Foram buscar a defunta
E à dona entregaram
O velório e o enterro
Logo providenciaram
Café, chá, bolachas, broas
Cerca de 10 mil pessoas
Ali se aglomeraram.

Teve até um trio elétrico
Fizeram uma musiquinha
As cozinheiras largaram
As panelas na cozinha
Queimou-se arroz e feijão
Mas ninguém quis perder não
O velório de Rafinha.

Patosonline.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário