
A falta de condições mínimas para o exercício da medicina no Hospital Regional Janduhy Carneiro, em Patos, levou o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) a determinar a interdição ética da instituição.
A medida deve ser aplicada nos próximos dias e foi motivada pelo resultado de inspeções realizadas pelo Departamento de Fiscalização do CRM-PB, que identificou sérios problemas na instituição, como falta de médicos na escala de plantão, deficiências na estrutura física e superlotação.
Na última quinta-feira (28), o CRM-PB enviou um ofício ao secretário estadual de Saúde, Waldson de Souza, relatando a situação crítica do hospital, o que também já tinha sido feito em uma audiência realizada no dia 19 de julho, mas até o momento nenhuma solução para o problema foi tomada.
"A interdição ética recomendada pelo Conselho no caso do Hospital Regional de Patos decorre do fato de inexistirem condições mínimas para o exercício da medicina no local. A par de sua deficiente estrutura física e de sua superlotação, a escala de plantões apresenta grandes lacunas, especialmente nos finais de semana, o que compromete seriamente o atendimento à população daquela região", disse o presidente do CRM-PB, João Medeiros.
Ele explicou que a interdição ética recomendada não significa fechamento da unidade. "O Governo do Estado da Paraíba é quem determina se o mesmo fica ou não aberto. Os médicos ficam impedidos de dar expediente no Hospital Regional de Patos até a Secretaria de Saúde proporcionar as condições mínimas para que eles possam dar atendimento de saúde digno e seguro à população", explicou o presidente do conselho.
A escassez de médicos no Hospital Regional de Patos se dá por dois motivos: cerca de nove profissionais solicitaram dispensa porque serão candidatos nas próximas eleições e outros médicos não querem mais cumprir a escala extra de plantões por não concordarem com a remuneração inferior a que é oferecida nos hospitais de porte semelhante em Campina Grande e João Pessoa. "O hospital precisa urgentemente de médicos para completar a escala, pois as condições de trabalho são péssimas", disse o
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