Psicólogo é suspeito de causar morte de uma comerciante em Mangabeira.
Prisão preventiva de Paredes foi decretada na última sexta-feira (13).

viajando de férias (Foto: Walter Paparazzo/G1)
O mandado de prisão é pela morte da comerciante Maria José dos Santos, em junho de 2010 em João Pessoa. Porém, Eduardo Paredes também é réu no processo que investiga a morte da defensora pública-geral da Paraíba, Fátima Lopes, em um acidente de trânsito em 2010.
Abraão Beltrão garantiu que ele viajou antes da expedição do mandado de prisão. “Quarta ele saiu daqui. Ele não está foragido, está apenas de férias”, declarou. Perguntado para onde Paredes teria viajado, o advogado disse que não tinha conhecimento. No entanto, diferente do que o advogado disse, parentes da defensora confirmaram ao G1 que o psicólogo foi visto na sexta-feira, antes da prisão ser decretada, em um restaurante de João Pessoa.
Quarta ele saiu daqui. Ele não está foragido, está apenas de férias"
Abraão Beltrão,
advogado
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A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando para localizar e prender o psicólogo de 32 anos. O delegado Nélio Carneiro, responsável pelas investigações, concluiu pelo indiciamento do acusado por homicídio doloso contra Maria José e por tentativa de homicídio contra a vítima que sobreviveu ao atropelamento.
"Não resta dúvidas de que Eduardo dirigia o veículo que atropelou e matou Maria José na noite do dia 21 de julho de 2010, na Avenida Hilton Souto Maior, em Mangabeira. Por dirigir sob efeito de álcool e em alta velocidade, mesmo quando as testemunhas pediam para que ele reduzisse, nós entendemos que ele assumiu o risco de matar”, explicou o delegado.
O inquérito, contendo mais de 500 páginas, foi concluído após três meses de investigação. Cerca de 20 pessoas foram ouvidas, foram feitas acareações entre acusado e testemunhas, quebra de sigilo telefônico, reconhecimento de vítima sobrevivente, laudo pericial do carro que atropelou a vítima e reconstituição da cena do crime, entre outros procedimentos que forneceram provas contra o acusado.

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De acordo com o delegado, todas as versões apresentadas por Eduardo Paredes foram desconstruídas durante as investigações. Entre elas, a informação de que tinha usado um orelhão para informar o problema mecânico no veículo. "A quebra de sigilo telefônico provou que nenhuma ligação foi realizada após o meio-dia. Foram muitas mentiras e contradições, e cada vez mais o acusado se colocava na cena do crime”, afirmou o delegado.O psicólogo Eduardo Paredes também é réu no processo sobre a morte da defensora pública da Paraíba, Fátima Lopes, em acidente de trânsito ocorrido em 2010. Segundo o delegado, o crime contra Maria José foi praticado cinco meses depois e em circunstâncias semelhantes.
Caso Fátima Lopes
O acidente com a comerciante aconteceu cinco meses após a morte da então defensora geral da Paraíba. Em 24 de janeiro de 2010, por volta das 6h, a caminhonete de Eduardo Paredes bateu no carro da então defensora pública-geral, Fátima de Lourdes Lopes Correia Lima. E a suspeita é que ele estaria embriagado.
O acidente foi no cruzamento das avenidas Epitácio Pessoa com a Prefeito José Leite, sentido Centro-Praia, em João Pessoa. Devido a violência da colisão, Fátima Lopes morreu e seu marido, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima, ficou gravemente ferido.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Eduardo Paredes é acusado de cometer homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ele teria ultrapassado o sinal vermelho, dirigido em alta velocidade e sob efeito de bebida alcoólica, assumindo o risco de uma morte. O réu chegou a ser detido no Centro de Ensino da Polícia Militar, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus em março de 2010.
Anna Carla Lopes, filha de Fátima Lopes, disse que espera a prisão. "Vamos ver se ele vai ser preso. É uma vitória nessa guerra que a gente vem enfrentando. Vamos ver se a polícia o encontra", disse.
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